Um vídeo foi compartilhado através das redes sociais que mostra um grupo com pelo menos 15 motoboys de aplicativos de comida se vingando por causa de golpes que um morador da cidade de Bauru, interior de São Paulo, praticava na região.
Os motoboys depredando a casa e o carro do golpista. O usuário do app, que não teve a identidade revelada, teria o costume de pedir produtos e depois alegar não ter recebido as encomendas.
Veja o vídeo:
https://www.instagram.com/p/CLuTgUPpp9N/
As agressões foram filmadas pelos próprios motoboys e postadas em redes sociais. No vídeo, é possível ver os homens com mochilas de entregas nas costas chutando e esmurrando o portão da residência.
O grupo continua investindo contra o equipamento até que consegue deslocá-lo. Em seguida, ocorre uma invasão generalizada à garagem da residência e a depredação passa a ter como alvo um veículo que estava estacionado.
A retaliação foi organizada em grupos de mensagens. Wilson Brandão, que trabalha com entregas há um ano e meio, recebeu o aviso dos colegas. “Disseram que iriam fazer o cara se arrepender da safadeza que ele faz”, dizendo não ter participado do vandalismo.
O entregador detalhou o golpe que o morador supostamente costuma aplicar. “Ele pede cerveja, comida e outras coisas. Aí espera passar da meia-noite e diz no aplicativo que o pedido não foi entregue. Eu mesmo já levei sanduíche lá e depois recebi a notificação do app”, continuou.
Um entregador que participou do ataque, mas que pediu anonimato, explicou que a conduta do usuário prejudica a categoria. “Nossa avaliação fica comprometida. O aplicativo devolve o dinheiro dele e o entregador termina expulso da plataforma. Eu estava lá. Não concordo com a violência, mas agora ele deve refletir”, disse.
O dono do imóvel não foi encontrado para comentar o ataque. Já a Polícia Civil explicou que ainda não há Boletim de Ocorrência registrado, que é o que inicia uma investigação.
Em nota, o Sindimoto garantiu que vai apurar os fatos e desfiliar do sindicato quem tiver participado das agressões.
O sindicato acrescentou que repudia quaisquer “atos de vandalismo praticados contra patrimônio público ou privado de qualquer natureza bem como racismo e de apologia à violência”.