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Brasil

Brasil tem pior taxa de crescimento da letalidade por Covid-19 da América do Sul

Um estudo feito pelo Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde – NOIS comparou períodos equivalentes nos países a partir do início da epidemia e observou que a taxa de crescimento e letalidade da doença no Brasil está entre os 10 piores países estudados no mundo todo.

o NOIS é um grupo de pesquisa formado por cientistas da PUC-Rio, do InCor, da Fiocruz, da Faculdade de Medicina da USP e do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, entre outras instituições.

A análise técnica comparou períodos equivalentes nos países a partir do início da epidemia, usando como parâmetro de ‘dia 1’ o primeiro dia em que foram registrados 50 casos em cada país, acompanhando o padrão da base de dados universidade John Hopkins, nos EUA.

O estudo usou os dados de taxas de crescimento da doença e de letalidade entre os dias 14 de abril a 4 de maio no Brasil, que correspondem ao período entre os dias 33 e 53 da epidemia.

Comparados com os dados do período equivalente em outros 40 países, as taxas no Brasil são muito preocupantes, dizem os pesquisadores — as taxas de crescimento da epidemia brasileiras o colocam entre os 10 piores países (25% piores do total de 40) no dia 53 da doença.

Letalidade

“No que diz respeito aos óbitos, a situação se repete: o Brasil apresenta taxas [de letalidade] dentre os piores países pesquisados”, diz o estudo.

Em comparação com os países da América do Sul, o Brasil se encontra em situação ainda pior: em 1º lugar na taxa de letalidade e em 2º em crescimento. Foram comparados outros nove países do continente: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

“Em crescimento da doença, o Brasil perde apenas para o Peru. Este país, no entanto, apresenta baixas taxas de letalidade como resultado do alto índice de testagem e, em consequência, a mais baixa taxa de subnotificação entre os países estudados”, diz a análise.

Com informações do G1

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